segunda-feira, 26 de abril de 2010

O mito da rosa vermelha.


"Amar não é só olhar nos olhos e dizer 'Eu Te Amo', e sim fixar os olhares em uma mesma direção em busca de um novo horizonte."

A muito tempo atrás, em uma região fria da Chapada Diamantina, vivia uma tribo de vândalos composta por homens rudes e grosseiros que mantinham as mulheres sobre o seu domínio tratando-as como instrumento apenas de prazer. Certo dia, as margens de um pequeno rio próximo a essa tribo chamada tribo dos Vândalos, um garoto com base de uns 16 anos encontra uma garota, a mais linda já vista por aquela região, tinha por volta de 15 anos, era branca, tinha cabelos negros que caiam pelos ombros em uma cascata de cachos. Parecia atordoada.
- O que fazes aqui filha de Eva?
- Procuro meu povo!
- Qual o seu nome?
- Rosa
- O que aconteceu a teu povo?
- Pois bem, a área em que nós vivíamos foi incendiada.
- Não sabes tu que aqui é muito perigoso para mulheres com vossa beleza Rosa?
- Diga-me por que.
- Nunca ouviu falar da tribo dos vândalos?
- Já – Fala Rosa cuspindo no chão – São estorvos humanos. Es um deles?
Afirmando timidamente que é um deles, o garoto corre a tapar a boca de Rosa que ameaçava gritar.
- Queres chamara atenção de todos?
- Não era o que pretendias fazer?
- Não seja tola, sou contra as atitudes do meu povo.
Passando-se meses, Rosa e o vândalo sempre se encontravam a margem do mesmo rio e conversavam por horas. Já apaixonados, um dia Rosa toma coragem e tenta beijar o rapaz. Esse se esquiva.
- Não posso fazer isso Rosa.
- Por quê?
- Tu tens a pureza e a delicadeza de uma flor. Se eu te tocar, ei de te sujar.
- És diferente do teu povo.
- porém sou filho daquele que conduz isso tudo, o chefe da tribo. O meu sangue não nega, sou sujo por vontade do Deus maior.
- Não fala besteira. Teu sangue não interfere na tua alma, que por sinal é linda como o milagre do amanhecer.
- Não sou digno do teu amor Rosa.
Nesse instante, homens da tribo dos vândalos aparecem próximos ao rio.
- O que temos aqui?
- Uma moça muito bonita não achas?
- Vem cá docinho, queremos te conhecer melhor.
Falava um dos homens tocando no braço de Rosa e puxando-a. O rapaz que antes conversava com Rosa, levanta e dá um soco na cara do homem que a tocava.
- Não toque nela, troglodita.
- Não para. Gritava Rosa desesperada após o começo de uma briga onde rolava chutes e socos. Eis que o homem puxa a faca e aponta para o rapaz.
- Morra! Grita o homem e atira a faca em direção ao garoto, Rosa se atira na frente dele e a faca acerta em cheio seu coração.
- Rosa! Não.
Gritava o garoto em desespero. Antes do último suspiro, Rosa fala:
- Eu te amo!
Suas pálpebras se fecham e o coração para de bater, o garoto em total agonia arrancou a faca do peito de Rosa.
- Satisfeitos? Trogloditas, vândalos, porcos. Apenas uma garota ingênua de alma pura.
- De pouco nos importamos, vamos.
Fala o homem que atirou a faca saindo do local.
- Ô Rosa meu amor, não sabes tu a amargura que me aflige agora.
Lágrimas trasbordam dos olhos do rapaz, denunciando a dor e a amargura de um coração que acaba de perder um grande amor, lágrimas as quais caiam exatamente no buraco que jazia de sangue do coração de Rosa já morto.
- Eu te amo... Soluçava o garoto após enterrar o corpo da garota. Ao falar isso uma pequena flor nasce em cima ao lugar onde Rosa fora enterrada, uma forte brisa acaricia o rosto do rapaz, trazendo a ele o cheiro da amada, logo em seguida uma calmaria.
Interpretando isso como uma forma que Rosa achou de deixar ele esquecer e fazer com que ele entendesse que o amor que ela sentia era realmente grande, o rapaz sai a andar pelo mundo a fora contando a triste história de um amor que se foi, e mostrando a flor que nomeou de Rosa, como um símbolo de carinho e paixão, deixando em cada canto uma pétala da flor a qual com chuva e sol ia crescendo e enchendo vários lugares da terra com a mesma espécie vermelha.

Por: Carolina Lima

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